sábado, 5 de junho de 2010

"Maldição!" Parte 2

Olá meus/minhas leitor@s imaginários!

A saga Festa do Pinnhão continua... Como todo ano, fui a Lages pra prestigiar esse evento que tanto me agrada. Junto comigo, mamãe e mano.
Chegando em Lages o Atilla (nome do meu carro), superaqueceu e o primeiro ponto turístico e festivo que visitamos foi a Mecânica Melvi.
Acho que por gosto o Atilla parou a uma quadra dela. Valvula termostática trocada, vamos embora e epa! Um verdadeiro gêiser emerge do radiador. E a temida frase:
"É, vai ter que retificar e trocar as juntas".
Quanto tempo?
"Até amanhã"
Mas não temos Hotel pra ficar (mostrando minha idosa mamãe e meu maninho)!!!
"Tá, posso tentar deixar pronto pra hoje, mas pra depois das 18h..."
=D
Ainda desacreditado, pesquisamos ônibus pra mãe e mano voltarem, antes de ter a confirmação do mecânico (o próprio Melvi) que iríamos voltar pra casa no Atilla. Também entrei em contato com meu amigo pra me dar um help caso a situação ficasse feia.
Aproveitamos pra dar uma volta no centro, fazer umas compras e comer paçoca de pinhão, no centro de Lages no Recanto do Pinhão. Às 18h voltamos pra oficina e o Atilla já estava com a peça retificada e quase montado.
Eram umas 20h quando saímos de Lages, sob chuva torrencial, de volta pra Floripa. Nem cogitamos ir pro Parque pois o show (Hugo Pena e Gabriel) não animava muito enfrentar a chuva. Mas chegamos sãos, salvos e inteiros. Fica meu agradecimento ao Melvi que tratou tão bem do Atilla e tratou o problema, que normalmente demora dias pra ser resolvido, em tempo recorde!
P.S: Só fiquei em dúvida se a "maldição" foi da gralha azul ou da namo que não quis ir junto... Mas na próxima estarei lá novamente!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Poesia

Recebi essa poesia faz muito tempo, mas é tão bonita que merece ser postada mesmo com atraso...

Ricardo

(Deborah Rodrigues)


Inventei você

Quando te vi

Ali na estação

Senti teu perfume

Teu respirar

Teu olhar azul

Pura covardia

Por que não posso ser

Aquela que está ao teu lado?

Será impossível

O amor acontecer

Entre eu e você?

Agora te vejo partir

O trem te leva

Não te disse o mais importante

Serei para sempre tua

Não foi coisa de momento

Um beijo apenas

Atração

Bastou ver o teu sorriso

Para eu me apaixonar

Mas teu mundo

É distante do meu

Leva meus versos

Me deixa tuas canções

Agora,

Adeus!


quinta-feira, 27 de maio de 2010

"Maldição!"

Hoje de manhã, pela quinta vez no espaço de seis meses, às 06:00h da manhã escuto batidas na janela que fica bem acima da minha cama. Detalhe, moro no quarto andar!
Pá-pá-pá... (silêncio) Pá-pá-pá... (Silêncio)
Levanto meio zumbi e abro o blecaute: Dessa vez eram CINCO! CINCO gralhas malditas azuis... Que como sempre depois que abro a janela, saem "rindo":
- "Crá Crá Crá" (enganei um bobo na casca do ovo) ¬¬

Se você vir esse animal, diga-lhe que temos assuntos a tratar:

"You and I have unfinished business.."

Devido ao período do ano, nomeei o fato de "Maldição da Festa do Pinhão".

terça-feira, 11 de maio de 2010

Missão possível

(narrativa de viagem realizada em 03/2010)
Pórtico de entrada de São Miguel das Missões - RS

Desde pequenino ouvi meu pai dizer que um dia iríamos visitar as Missões (por "Missões" entendam que é o Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo, um conjunto de ruínas da antiga redução de São Miguel Ancanjo, e um dos principais vestígios do período das Missões Jesuíticas dos Guarani em todo o mundo, localizado no pequeno município de São Miguel das Missões, no Noroeste do Rio Grande do Sul.). Pois ele se foi e o dia nunca veio... Mas assim que comprei meu primeiro carro, telefonei pra minha mãe e disse: "Te arruma que no final de semana vamos visitar as missões!". Convidei meu amigo Tiago também e na meia-noite de sexta pra sábado, partimos.Treze horas e 750Km depois, chegamos a São Miguel. Almoçamos e nos hospedamos, pra poder descansar da longa viagem. Porém à noite aproveitamos pra ir ver o espetáculo de som e luzes, no qual ficamos sentados em uma arquibancada e vimos as ruínas ganharem vida em vozes e cores, tudo sob um céu estrelado. Um espetáculo ímpar e um ótimo jeito de aprender um pouco do que foram as reduções jesuíticas. Eu não fazia idéia do que eram esses povos e a riqueza de suas histórias até ir ao local. Foi uma grata surpresa e uma grande emoção visitar e ver ao vivo um pedaço da história mundial, essas ruínas foram consideradas patrimônio cultural pela UNESCO em 1983.
A cruz missioneira e as ruínas da catedral.

Durante a visita pudemos saber muito dos costumes, cultura e organização destes povos, além do seu declínio quando da invasão dos espanhóis e portugueses. E que as Missões não se resumem só aos sete povos, e sim foram espalhados pela América do Sul em vários países. Não cabe colocar aqui muitos aspectos históricos, pois nem um resumo seria pequeno. Quem quiser saber mais, "joga no Google"... =D
Depois fomos a Santo Ângelo, outra cidade missioneira, porém já sem ruínas e com uma réplica da catedral no centro da cidade. Tivemos sorte que estavam inaugurando nesse dia a praça nova em frente a essa igreja, então havia shows de música e bastante gente assistindo.

Centro de Santo Ângelo - RS
Mas devíamos voltar logo, pois a viagem era longa e queria estar de volta no domingo e ter tempo de descansar. Porém uma forte neblina depois de Passo Fundo nos fez parar pra dormir em Lagoa Vermelha, pra seguir viagem no dia seguinte, com um ótimo sol. Almoçamos em Lages/SC e chegamos ao final da tarde de volta a Florianópolis, certamente transformados pela vivência que toda viagem nos causa, e repletos de lembranças de uma curta, porém intensa aventura.
"A estrada em frente vai seguindo
Deixando a porta onde começa.
Agora longe já vai indo,
Devo seguir, nada me impeça."

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Patagônia Trip parte final

Bom dia meus leitores imaginários!

Continuação do post sobre a viagem pra Patagônia. (dez/2008)
Onde foi que eu parei a narrativa? Ah, logo ali em Ushuaia né? Dessa vez nem vou pedir desculpas pela demora em continuar a história e nem prometer que vou terminar de narrá-la, já aprendi que não dá pra me garantir nesses aspectos... Aliás, já enrolei demais, vamos ao que interessa (ou não).
Com efeito meu destino seguinte foi El Calafate, província de Santa Cruz - Argentina. Optei por ir de avião, gastar mais grana mas ao menos evitar trinta e poucas horas de ônibus desde Ushuaia (ah, para meus amigos brasileiros, a pronúncia é "ussuaia").
El Calafate me esperou com seu lago (Lago Argentino) com seu azul inesquecível brilhando ao sol e um vento fortíssimo que balançava o taxi que me levou ao albergue. A cidade é bonitinha, o relevo e vegetação ao redor são do tipo estepe, com bosques e também desértico de altitude. Tirei o dia "de folga" pra no dia seguinte rumar a um dos destinos mais esperados da viagem: o Glaciar Perito Moreno (78 Km), dentro do Parque Nacional Los Glaciares. Esse parque, de 724.000 hectares possui um total de 356 geleiras. Este glaciar possúi 5Km de frente, 60 metros de altura e tem o tamanho da cidade de Buenos Aires.

Não tem foto que traduza a emoção...

Daria pra fazer vários posts só sobre essa maravilha da natureza, e publicar fotos e mais fotos que tirei e tantas que tem aí pela net, mas nada disso iria traduzir a emoção de vê-lo "ao vivo e à cores". E que cores, aquele azul profundo contrastando com o verde do bosque e a neve das montanhas. Sem dúvida um dos lugares mais lindos que visitei.

Tudo lindo e inesquecível, mas eu tinha de seguir viagem... Desta vez pra mais perto, pra cidade de El Chaltén (220Km), a capital nacional do trekking, basicamente pra percorrer duas trilhas: Laguna Torre (mirador Cerro Torre) e Laguna de Los Tres ( mirador Mte Fitz Roy). Pra isso fiquei três dias na cidade, o dia do meio pra descansar. A primeira trilha demorou 3h pra cumpri-la e chegar a Laguna Torre, ficar abism
ado com tanta beleza e desesperado por ter que caminhar mais 3h pra voltar...

Paisagens chatas acompanhando a caminhada...

Após um dia de descanso, a temida trilha “Laguna de Los Tres”, com seus 12,5Km de extensão e desnível de 800m. Quatro horas de ida e quatro horas pra voltar. Um frio enorme, mas uma paisagem mais bonita ainda que a outra trilha.

Missão cumprida, voltei a El Calafate pra pegar um bus pra Bariloche e viajar por 19h. Lugar onde passei a noite de Natal em um lugar frio, com amizades feitas no albergue. Linda cidade, merece uma visita no inverno também. E aqui encerro esse longo e chato post, mas necessário pra documentar tão maravilhosa viagem... Depois de Bariloche enfrentei mais 26h de ônibus até Buenos Aires e quase dois dias mais pra voltar pra Floripa. Resumi pra caber, hehehehe...