Anoiteceu em Arequipa

Foto 1: Plaza de Armas em Arequipa

Quase uma semana depois, aqui estou eu em Arequipa - Peru postando novamente... Hoje na verdade tirei um dia de folga, porque até turista se cansa. Portanto, dormi até tarde, tomei café da manhã, voltei a dormir, fui no supermercado, almocei tarde, choveu, andei a esmo pelas ruas da cidade, comprei uma calça, fiz a ceia e cá estou... Um ócio nada criativo, eu sei, mas fez bem.

Mas agora voltando à narrativa, quando escrevi da última vez eu estava com um problema com a minha câmera que tinha descarregado a bateria. Bom, primeiramente andei pela cidadezinha em que me encontrava (Ollantaytambo) e acabei achando em uma lojinha uma daquelas câmeras descartáveis da Kodak, que eu nem sabia que existiam ainda.

Tomei o trem às 20h e ao meu lado sentou um Peruano que mora em Santiago (Joel) com quem fui conversando durante a viagem até MP. Comentei sobre o problema com a câmera e ele me disse que tinha um carregador consigo, porém de outra marca. Logo quando chegamos a Águas Calientes, acabei por me hospedar no mesmo hotel que Joel para tentar carregar a bateria. Resumindo: tentei dar uma de Macgiver, fazendo uso de clips e fita adesiva, porém não deu certo. Joel me convidou então para ir com ele, que então ¨tiraria¨ fotos e depois me mandaria por email.

Na manhã seguinte (domingo, 17/02) acordamos às 04:30h da manhã para pegar o primeiro bus pra MP.

Foto 2: Foto mais ortodoxa que rótulo de Maizena

Encontrei depois um casal de brasileiros que fez o percurso a pé, mas depois se arrependeram. Esse mesmo casal subiu com a gente o Wayna Picchu (aquele morro mais alto que aparece na clássica foto de MP), a coisa mais cansativa que já fiz, acredito... Mas valeu a pena, a vista é inesquecível, assim como a aventura.

Foto 3: Tirei essa foto entre gritos de outros turistas do tipo ¨Desce daí, maluco!¨ ou ¨Se joga!¨ em várias línguas diferentes...

Voltei tão cansado, chovia (começou a chover durante a descida) e acabei me abrigando numa casa inca que tinha telhado, na qual me deitei e dormi por uma hora ou mais.

Foto 4: Momentos antes de desmaiar de cansaço...

Dei mais umas voltas pela cidadela e decidi descer à Aguas Calientes, pois a hora do trem se aproximava. Voltei a Cusco após as 4h de duração da viagem.

No dia seguinte (segunda, 18/02) fui revelar as fotos (que ficaram sofríveis) e visitei mais um pequeno museu em Quenko. À noite fui brindado com um convite para comer pizza pelo pessoal do hostel, como despedida e pelo aniversário de uma funcionária (Anita). No dia seguinte (terça, 19/02) levantei bem cedo pra ir pra Puno com o tour da empresa Inka Express. Confesso que foi caro (U$45) e um pouco chato, demoramos 10h pra fazer um percurso de 390Km, devido às paradas. Mas o ponto alto da viagem (literalmente: 4335m a.n.m) foi ótimo, estava muito frio e pedacinhos de gelo caíam do céu e a paisagem era impressionante.

Foto 5: Notem o nevado ao fundo, é a origem do rio Urubamba, que passa por MP pra depois entrar Amazônia adentro e fazer parte do Amazonas.

Ao chegar a Puno, foi excelente a visão do lago Titicaca. Mas as casas eram muito feinhas, inacabadas, sem reboco e com os ferros da construção sobrando pra cima da maioria. Depois o guia falou que faziam isso pra não ter que pagar um imposto pro município, que é muito caro e deve ser pago assim que concluída a obra.

Foto 6: Chegando em Puno de bus.

Não tinha reservado hostel, mas fui abordado no aeroporto por uma mulher que me mostrou uma dezena de panfletos, e acabei ficando no Hostel Q'oni Wasi (S/20) e comprei um tour por S/25 (vinte e cinco soles) para visitar a ilha dos Uros no dia seguinte.

Foto 7: Vista da Ilha dos Uros.

À noite fui andar pela cidade e conheci um casal de Espanhóis que ficaram conversando comigo. Na manhã seguinte (quarta, 20/02) visitei as ilhas dos Uros e tirei a tarde pra descansar. Peguei o ônibus pra Arequipa às 22h, por sinal muito bom, era leito e barato (S/25).

Cheguei às 04:00h da matina (quinta, 21/02) e peguei um taxi pra vir pro hostel que haviam me recomendado em Puno. Mas ¨caí no conto do milhão¨ do taxista que me disse que era muito longe do centro e acabou me levando pra um outro (Hostal Tristan), que tinha uma quarto horrível com um cheiro de mofo insuportável e um banheiro com água semi-gelada e uma privada sem assento. Bom, ¨dormi¨ lá e no dia seguinte saí a caminhar pra descobrir que o outro hostel que eu queria era bem próximo dali. Sem exitar, ¨peguei minhas coisas, fui embora¨ (sic.) sob o pretexto que tinha conseguido um vôo antes do previsto pra Lima. Consegui ao menos reaver parte do adiantamento (adiantei S/60 por duas diárias mas só recuperei S/20 porque já tinha passado do horário de chek out). O outro hostel (CasaDeAvila) no qual me encontro é imensamente melhor, embora a diária seja maior (S/50). No mesmo dia fui visitar o Monastério de Santa Catalina, deveras impressionante, o único com cidadela no mundo, valeu os S/30 pagos. E hoje, como citei acima, dia de folga.

Com isso encerro esse pequeno relato resumido, aos amigos depois descreverei os pormenores. Prá terminar no estilo blog, deixo-lhes uma cena da série ¨Coisas que gostaríamos de ter no Brasil¨.

Abraços a todos que tiveram a paciência de ler tudo...

P.S: Um Nuevo Sol (S/1) corresponde aproximadamente a R$0,50.